[ Informação Rafaela Ribeiro, CICS / ICS-UMinho ]

XII Congresso Português de Sociologia | Alargamento do prazo para envio de resumos até 30/11/2022

O Congresso Português de Sociologia da APS realiza-se de dois em dois anos e constitui o mais importante evento sociológico nacional e um momento alto da agenda cultural e científica das ciências sociais em geral. A diversidade de comunicações e posters apresentados habitualmente reflete o dinamismo e a crescente importância da Sociologia para o conhecimento da sociedade portuguesa, bem como a diversidade dos campos de ação dos sociólogos portugueses, abarcando o mundo académico, o ensino e a investigação, as empresas, as autarquias, a administração pública central, as organizações não-governamentais e a atividade cultural e política. Em 2023 o Congresso Português de Sociologia será um momento de encontro em presença e a distância para colegas de profissão a trabalhar na investigação ou no terreno em que a partilha e discussão de conceitos, teorias, metodologias e práticas n(d)a sociologia poderão semear novas respostas para os desafios que enfrentamos.

Discutir se a polarização da sociedade nos conduziu ou não a um ponto de não retorno é um dos objetivos do XII Congresso Português de Sociologia sob o lema Sociedades Polarizadas? Desafios para a Sociologia, que se realizará de 4 a 6 de abril de 2023, sob a organização da APS e da comissão local do grupo de sociologia da FEUC, do CES, da CMC e da CIM.

CONVIDA-SE TODOS/AS OS/AS INTERESSADOS/AS, ORIUNDOS DO CONTEXTO ACADÉMICO E NÃO ACADÉMICO, A SUBMETEREM OS RESUMOS VIA PLATAFORMA DO CONGRESSO ATÉ DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2022.

– Os resumos poderão ser submetidos em português, castelhano, inglês ou francês. Cada autor/a pode participar num máximo de três propostas, mas só pode submeter duas propostas como primeiro/a autor/a (i.e duas propostas como autor/a individual ou uma proposta como autor/a individual e outra como primeiro/a autor/a de proposta coletiva, ou ainda duas propostas como primeiro/a autor/a de trabalho coletivo).

– O XII Congresso irá realizar-se na modalidade presencial existindo também a possibilidade de realização de sessões de apresentação de comunicações das Secções/Áreas Temáticas na modalidade on-line. Ao entregar a sua proposta deverá indicar se a sua participação será presencial ou on-line. O programa irá assim ter algumas sessões presenciais e outras on-line.

Toda a informação e submissões de propostas disponível em https://xii-congresso-aps.eventqualia.net.
Para mais informação, por favor, contactar congresso-aps@eventqualia.net

 


[ Informação Revista Comunicação Pública ]

CFP – Revista Comunicação Pública, Número 34

Call for papers para Comunicação Pública n.º 34 (junho de 2023)
Dossiê temático: Estudos em Audiovisual e Multimédia
Editores: Catarina Duff Burnay (Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa) e Paulo Nuno Vicente (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
Línguas: Português; Inglês; Espanhol

DATA LIMITE PARA A SUBMISSÃO DE ARTIGOS: 15 de janeiro de 2023

Abstract

As potencialidades do digital têm desafiado as assunções instaladas sobre o audiovisual e o multimédia como contextos e objetos de estudo. Multiplicam-se os ecrãs, hibridizam-se os aparatos de acesso a conteúdos, os media emergentes ganham centralidade nos quotidianos, os textos fragmentam-se e complexificam-se, o receptor adquire um estatuto duplo e simultâneo de consumidor e produtor. O dossiê temático “Estudos em Audiovisual e Multimédia” tem, assim, como objetivo explorar as dinâmicas dos processos de criação, distribuição e receção, mapear as suas principais alterações tecnológicas e sociais e perspetivar e compreender os impactos na indústria e nas práticas culturais dos indivíduos.

Descrição e enquadramento

Kyle Nichols (2006), ao discutir o futuro da televisão, substituía o conceito de broadcast por algo próximo da engenharia genética, com os telespectadores a trabalhar nos seus laboratórios multimédia pessoais, juntando conteúdos, canais e plataformas de acordo com os seus gostos e vontades. Quase duas décadas depois, esta realidade ganha dimensão, em especial junto da população mais jovem. Nascida e/ou criada dentro de uma bolha tecnológica evoluída, as gerações must see tornam-se proficientes na escolha e acesso dos/aos conteúdos e, em consequência, na satisfação imediata das suas necessidades informativas e recreativas. De forma ainda atual, o autor previa que os mais velhos mantivessem uma relação estreita com a televisão e com o televisor, transformando o flow de Raymond Williams (1974) numa estratégia mais da recepção do que da própria produção. Se este cenário, marcado pela diversificação de fontes de acesso, aumento da oferta e aprimoramento técnico dos devices, flexibiliza e potencia o consumo, cresce a pressão e a exigência junto das entidades produtoras. Confrontadas com um ambiente mediático sem fronteiras definidas, onde a internet ganha o estatuto de medium ao viabilizar experiências e conteúdos de forma direta (Johnson, 2019), estas têm de escolher as “guerras”, as “armas” e as “tácticas”, de acordo com a sua natureza, posicionamento, recursos e objetivos de mercado para a tomada de decisões.

Ciclicamente, a tecnologia potencia a emergência de novos objetos culturais (Manovich, 2001), num processo de convergência mediática (Meikle & Young, 2012), tornando-se determinante atentar, para lá das plataformas de produção e distribuição e das formas de acesso, ao entorno técnico e aos impactos sociais. Neste sentido, e numa abordagem aos desenvolvimentos da última década, tem de se olhar criticamente, por exemplo, os princípios da Inteligência Artificial para melhor compreender as implicações das buzzwords automação, algoritmo e sistemas de recomendação quando usadas numa referência às plataformas de streaming de vídeo, às redes sociais digitais ou mesmo aos projetos editoriais digitais. Em paralelo, é importante destrinçar e analisar os efeitos sociotécnicos da sua utilização nos processos de decisão, nos níveis de envolvimento dos utilizadores (com as plataformas e conteúdos), nas performances mercadológicas e, de uma forma mais lata, nas implicações da potencial dataficação da vida e dinâmicas sociais (Møller Hartley et al., 2021; Couldry, 2020; Van Dijck, 2014).

O contexto descrito tem vindo a moldar aquilo que se entende por televisão (Lotz, 2007, 2017, 2018, 2021, 2022), mas também por audiovisual e multimédia enquanto conceitos. A junção do som e da imagem em movimento, embora conectada de forma direta ao pequeno ecrã, representa aparatos e conteúdos a operar em simultâneo de uma forma mais alargada e marcadamente inter, multi e trans media. Estas dinâmicas têm, ainda, de ser perspetivadas e trabalhadas de acordo com os campos sociais em que se efectivam e os habitus dos diferentes grupos sociodemográficos (Bourdieu, 1976) e com os ambientes geográficos e culturais em que operam, tendo em conta as oportunidades e constrangimentos proporcionados pelos contextos de globalização (Giddens, 1995; Featherstone et al, 1995), assim como pelas ideias de mobilidade, representações e identidades (Morley, 2000; Hall, 1997; Hall & du Gay, 1996).

Objetivos e enfoques pretendidos

Tendo como pano de fundo estas linhas de pensamento, o dossiê temático “Estudos em Audiovisual e Multimédia” aceita contribuições que cruzem diferentes experiências de produção/criação e recepção, entre outras, nas seguintes áreas temáticas:

• Pós-Televisão e “ecranização” da sociedade
• Plataformas de streaming audiovisuais: produção, distribuição e consumos
• Conteúdos multimédia e ludificação
• Plataformização do gosto
• Automação e Big Data
• Algoritmos e Literacia Algorítmica
• Audiovisual, Representações e Identidades
• Regulação/regulamentação dos novos ambientes mediáticos
• Medição de audiências, estudos de recepção, fandom
• Produção audiovisual e sustentabilidade (green production)
• Novas narrativas dos media: géneros, formatos, estratégias
• Linguagem e práticas multimédia (universos narrativos)
• Jogos Digitais Interativos
• Realidade Virtual, Aumentada e Realidades Mistas
• Arquivo(s) e Memória(s)
• Práticas imersivas (jornalismo, entretenimento, ficção)

DATAS IMPORTANTES

• Abertura da chamada de artigos: 15 de setembro de 2022
• Data limite para a submissão de artigos: 15 de janeiro de 2023
• Entrega das versões finais: 15 de maio de 2023
• Data de publicação do número: 30 de junho de 2023

Submissão dos artigos:

A submissão de artigo deve ser feita através da plataforma https://journals.ipl.pt/cpublica/index . É necessário que os autores se registem no sistema antes de submeter um artigo; caso já tenha se registado basta aceder ao sistema e iniciar o processo de 5 passos de submissão.
Os artigos devem ser submetidos através do modelo pré-formatado para submissão de artigos à Comunicação Pública. Para mais informações sobre a submissão consultar Informação para Autores (https://journals.ipl.pt/cpublica/information/authors) e Instruções para Autores (https://journals.ipl.pt/cpublica/about/submissions).