A Direção da Associação Portuguesa de Sociologia (APS) manifesta profundo pesar pelo falecimento de Maria Carrilho, endereçando aos familiares, amigos e à comunidade ISCTE sentidas condolências.

Quando a APS foi fundada, em 1985, Maria Carrilho encabeçava a lista de outorgantes que formalizaram a existência da nossa associação. Sendo a nossa associada nº 2, assumiu as funções de Vice-Presidente da Direção de 1986 a 1990 e de membro do Conselho Consultivo de 1990 a 2000. Em 1987 presidiu à comissão executiva do I Congresso Português de Sociologia.

Para além do inestimável contributo que deu à APS, Maria Carrilho foi precursora no campo da sociologia militar. O seu contributo foi fundamental para que as mulheres pudessem entrar nas Forças Armadas. Se a APS conta hoje com uma Secção Temática consagrada à “Segurança, Defesa e Forças Armadas” isso deve-se, sem dúvida, ao impacto da obra de Maria Carrilho na sociologia portuguesa. Como socióloga, aliou a sua atividade académica e científica a uma intervenção pública, cívica e política que honram a sociologia portuguesa e que a mantêm como uma referência incontornável no campo em que se notabilizou.

No Parlamento Nacional e no Parlamento Europeu, como deputada, na imprensa, como observadora atenta da realidade, na Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, a que presidiu, na Academia, cujas portas abriu ao mundo envolvente, Maria Carrilho deixa a marca inabalável de um trabalho honesto, competente e duradouro.

Pela Direcção

Paulo Peixoto

(Presidente)

Associação Portuguesa de Sociologia

6 de fevereiro de 2022

[Nota de Pesar – Maria Carrilho]