20 de maio às 18h, auditório B2 da NOVA FCSH.
Esta palestra analisa o boom memorialista (com os seus contra-memoriais e estética minimalista) para a desmonumentalização; da adesão e reformulação simultâneas da memorialização para o questionamento e rejeição do monumento.
Considerando o contexto transnacional do boom de memória (em particular na Alemanha, nos EUA, na Argentina e no Chile) e dos movimentos de desmonumentalização (em particular na África do Sul, na Inglaterra e nos EUA), esta palestra visa elucidar as consequências de como o impulso de memorialização se começou a deslocar, finalmente, para a memória dos passados imperiais e coloniais, questionando a monumentalização do império e dos regimes esclavagistas e exigindo um enfrentamento dos legados da escravatura.
Marita Sturken é Professora Catedrática no Departamento de Media, Cultura e Comunicação da Universidade de Nova Iorque e conceituada especialista nos campos da cultura visual e dos estudos de memória.
É autora de Terrorism in American Memory: Memorials, Museums, and Architecture in the Post-9/11 Era (New York University Press, 2022); Practices of Looking: An Introduction to Visual Culture (com Lisa Cartwright, Oxford University Press, 2018, 3ª ed.); Tourists of History: Memory, Kitsch, and Consumerism From Oklahoma City to Ground Zero (Duke University Press, 2007), que ganhou o prémio Transdisciplinary Humanities Book Award 2007-2008 atribuído pelo Institute for Humanities Research da Arizona State University; entre outros.
Os seus livros foram traduzidos para japonês, chinês, coreano, checo e hebraico, tendo artigos publicados em espanhol e português. Em 2023, foi-lhe atribuída a prestigiada Guggenheim Fellowship. Site: https://www.maritasturken.org/
Organização: Inês Beleza Barreiros
Grupo de Investigação Cultura, Mediação & Artes –ICNOVA
Doutoramento em Estudos Artísticos.
Entrevista a Marita Sturken por Inês Beleza Barreiros (in Buala, 21/10/2021).