Próxima sessão
28 de fevereiro de 2022, 15h00 (GMT) | Online
Filipe Couto Gomes & Rita Alcaire
Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória.
No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis > https://us02web.zoom.us/j/87156809734?pwd=dDZGMWliU1BBSXJrWTF0cEhWOVZjQT09 | ID: 871 5680 9734 | Senha: 869295
+ info: https://www.ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2022/saude
Enquadramento
A organização do ciclo mensal emerge da vontade partilhada de entrecruzar e discutir os diversos trabalhos de investigação produzidos no Centro de Estudos Sociais com ênfase nas doenças que temos, na saúde que queremos e na ciência que fazemos. Aproximando investigadoras/es e trajetos, a intenção é mobilizar um grupo de estudos que reforce as ligações conceptuais, teóricas e metodológicas que nos encastram na matriz programática das Epistemologias do Sul e de outras abordagens críticas que abastecem o trabalho feito no CES.
Contra a monocultura do conhecimento e sublinhando a diversidade ontológica e epistémica do mundo, as Epistemologias do Sul propõem trazer a discussão e ativar uma Ecologia de Saberes, onde o Sul é uma metáfora para a abundância de experiências, formas de conhecimento e agência emergentes de corpos, comunidades, lugares e realidades ignorados e excluídos sob as violências de uma ciência monolítica desenhada pelo capitalismo, colonialismo e patriarcado.
Indo ao encontro das “experiências desperdiçadas” sob essa “linha abissal”, impõe-se uma “sociologia das ausências e das emergências”, reduzindo as exclusões, fazendo ciência com e para a(s) comunidade(s), focada nas suas urgências, necessidades e reivindicações, aprendendo com as suas formas de luta e resistência, trabalhando para o bem comum, criando conhecimento para uma existência mais digna.
Em questões de saúde, traz-se à discussão aqueles que vivem, tratam e investigam a a doença, procurando o bem-estar, aprendendo com as experiências, conceitos e representações de pacientes, cuidadores, famílias e comunidades, mas também terapeutas, investigadores e ativistas, de um Sul tanto geográfico, como geopolítico e epistémico, permitindo-nos repensar o cuidado e a resistência, procurando conceitos mais amplos e ações mais inclusivas.