19 e 20 de janeiro de 2023, em formato híbrido (presencial, na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, e on-line, via plataforma Zoom Colibri).

Promovido pelo Laboratório de Paisagens, Património e Território​ (Lab2PT) em colaboração com o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), o Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IN2PAST), Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) e o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA.UMinho) e dirigido a estudantes de graduação e de pós-graduação, o seminário parte de três interrogações centrais: Quais os limites do trabalho interdisciplinar nas ciências sociais? Que desafios e que potencialidades existem nas práticas pluridisciplinares? Que caminhos e que potencialidades se oferecem às práticas comunitárias e à história pública?

Este seminário pretende ser um espaço de problematização e de experimentação a partir de itinerários de investigação filiados nas Humanidades, Artes e Ciências Sociais. Independentemente da temática ou do objeto de estudo particulares, estes apresentam um denominador comum: uma aposta nas comunidades delineada segundo modalidades e contornos diversos – desde o envolvimento e implicação em experiências de investigação-ação até à criação de espaços de experiência e de sentido. Correntemente, esta aposta desagua em territórios fluídos polarizados em torno da palavra cultura e suas derivações.

É justamente aqui que reside o eixo estruturador do seminário que se plasma numa interrogação: é possível ultrapassar as barreiras entre categorias balizadas por conceitos como conhecimento, ciência, experiência, sentido (sensorial, corporal, estética)? Como trabalhar identidades, memórias e passados ora dialogantes ora conflituantes no contexto das guerras culturais que marcam o tempo presente e atravessam o espaço mediático e científico?

O seminário articula-se em três dimensões transversais: reflexões teórico-metodológicas sobre a transdisciplinaridade e os horizontes colaborativos da história pública, apresentação de projetos de história pública e de práticas comunitárias já concluídos e discussão sobre percursos de investigação ainda em curso ou em fase exploratória. Assim, este seminário consiste numa interpelação aos diferentes domínios do conhecimento, da ciência e da cultura no sentido de se articularem e produzirem novos objetos de estudos, ângulos de análise e abordagens teóricas, conceptuais e metodológicas à realidade social.

No dia 19, entre as 14H30 e as 16H00, Fernando Bessa Ribeiro (investigador CICS.NOVA.UMinho) irá moderar a mesa que contará com as contribuições de Nuno Domingos (ICS-UL) (com comunicação intitulada Desporto e narrativa nacional), Virgílio Borges Pereira (IS-UP) (com comunicação intitulada Objectivar o trabalho e a reprodução social na indústria da construção: uma perspectiva reflexiva sobre um percurso de pesquisa) e Luís Trindade (CEI-UC) (com comunicação intitulada Canções para a História. A música popular como arquivo do século XX). Posteriormente, no mesmo dia, Fernando Bessa Ribeiro dará o seu contributo acerca de O “caminho do Oriente” e a catástrofe como possibilidade, numa mesa partilhada com Luís Velasco-Martinez (UVigo) (com comunicação intitulada Patrimonio histórico y memoria de la dictadura en la España actual) e Andreia Nunes (ICS UMinho) (com comunicação intitulada Estudos de género nas Forças Armadas Portuguesas (1990-2020): Potencialidades e desafios de um exercício voltado para o uso público da História) e moderada por Bruno Madeira (CITCEM-ICS UMinho).

No dia 20, entre as 11H30 e as 13H00, Teresa Mora (investigadora CICS.NOVA.UMinho) dará o seu contributo sobre Práticas artísticas e (est)ética do reconhecimento, numa mesa moderada por Paula Grenha (ICS UMinho) e dividida com Marília Quintal (CITCEM-IE UMinho) (com comunicação intitulada Ser ou não ser: (Des)colonização e identidade(s) Portuguesa(s)) e Natacha Antão Moutinho (Lab2PT-EAAD UMinho) (com comunicação intitulada Walk – Caminhar como prática artística). Já na tarde desse último dia, entre as 14H30 e as 16H30, Teresa Mora irá moderar uma mesa composta por Maria Manuel Oliveira (Lab2PT-EAAD UMinho) (com comunicação intitulada As pessoas somos nós), Irene Pimentel (IHC-FCSH) (com comunicação intitulada Compreender que não nascemos hoje através da História) e Fátima Moura Ferreira (Lab2PT-ICS UMinho) (com comunicação intitulada Intersecções, desvios e bloqueios: a interdisciplinaridade vista a partir da História).

O acesso é livre, mas carece de inscrição, que poderá ser realizada aqui.

Mais informações e o programa completo disponíveis em https://lab2ptum.wixsite.com/pchp23.