Será a prisão democrática?
No seguimento do sucesso da 1.ª edição do SIGeP, integrado no 56.º Congresso Internacional de Americanistas, realizado em 2018 em Salamanca, é com grande honra que anunciamos a realização do II Simpósio Internacional Género e Cultura Prisional (SIGeP2020), que se realizará em Coimbra (Portugal) nos dias 16 e 17 de outubro de 2020, na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, sob a égide da questão: Será a prisão democrática?
A estória das prisões é narrada sob o escopo do género, numa díade masculino-feminino, onde não há lugar à diversidade e não se aventa possibilidades de realização plena da personalidade da pessoa humana.
A mulher, não raras vezes, aparece sub-representada numa conexão estabelecida entre a prisão e a cultura de patriarcado dominante aos sistemas jurídicos, frequentemente pensados a partir do masculino dominante. Questionamentos que nos colocam a interrogação; será a prisão democrática?
A prisão, como solução, alimenta uma visão exótica de reinserção, transversal a homens e a mulheres que momentaneamente procuram solucionar os seus problemas mais imediatos fora da ordem social.
O SIGeP2020 é aberto a todas e a diferentes visões disciplinares da prisão na ordem social, com um especial enfoque no tratamento do género numa construção desenvolvimentista e multidisciplinar dos direitos humanos. Recebe, por isso, propostas que consubstanciem estudos descritivos sobre questões teóricas, metodológicas ou de investigação social em geral, bem como investigações com carácter empírico.
O SIGeP2020 permitirá a investigadores/as, académicos/as, estudantes, profissionais e decisores/as políticos, a par da reflexão sobre as questões de género e da cultura prisional a nível internacional:
Articular os eixos da investigação e da intervenção nos diferentes sistemas prisionais;
Refletir sobre boas práticas e metodologias no âmbito da intervenção com população reclusa e que conduzam ao melhoramento das políticas nacionais;
Refletir sobre a influência do género nestes sistemas, conhecendo as diferentes políticas de intervenção sensíveis ao género;
Promover o networking entre profissionais e especialistas nesta área, desenvolvendo redes de investigação e de boas práticas.
Indexar os artigos submetidos à SCOPUS, através da publicação na Revista Inclusiones.
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