[ Informação ST Famílias e Curso de Vida APS ]

Call for papers | 2024 Work and Family Researchers Network Conference | O prazo termina a 1 de Novembro!
(De 20 a 22 de junho de 2024 em Montreal)

Mais informações em https://wfrn.org/2024-work-and-family-researchers-network-conference/

 


[ Informação Revista Comunicação Pública ]

Call for Papers – Revista Comunicação Pública, Número 36

A revista “Comunicação Pública” é um projeto editorial de raiz multidisciplinar destinado à publicação de trabalhos de investigação, ensaios teóricos e notas críticas que façam das formas de comunicação humana o seu tema de reflexão.

Até 30 de janeiro de 2024, encontra-se aberta a chamada para a submissão de artigos para o próximo número:
Comunicação Pública n.º 36 (junho de 2024)
Dossiê temático: Techvolution: Explorando o nexo das novas tecnologias, dos consumidores e do marketing
Editores: Ana Teresa Machado (Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa) e Zélia Raposo Santos (Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa)

Abstract

As novas tecnologias promovem o empoderamento do consumidor ao oferecer-lhe um amplo acesso a informações e ferramentas que permitem a tomada de decisões fundamentadas e a influência nas práticas de marketing das empresas. Por sua vez, a integração dessas tecnologias digitais pelas empresas possibilita a construção de relacionamentos duradouros com os seus clientes. Nesse contexto, é evidente que o futuro do marketing está intrinsecamente ligado à dinâmica do comportamento do consumidor e às inovações tecnológicas que o impulsionam. Este dossier temático tem como objetivo principal estimular a discussão académica sobre a relação simbiótica entre tecnologia, consumidores e marketing.

Descrição e enquadramento

A transformação económica que acompanha o início do século XXI, caraterizada pela rápida transição de um modelo de produção industrial clássico para um novo cenário assente no desenvolvimento da sociedade digital ou da informação (Castells, 2003; Dobrinskaya, 2020), tem levado a mudanças fundamentais nas empresas e na forma como elas se relacionam com seus clientes (Ritter e Pedersen, 2020).

Segundo Peter Drucker, o único e válido propósito de negócio é a criação de clientes e neste sentido direciona a empresa para duas funções básicas: o marketing e a inovação (Drucker & Maciariello, 2008, p. 30). Invenções tecnológicas, ou novos modelos de negócios, devem ser entendidos e aceites pelo mercado para que se tornem inovações de sucesso. Não é a tecnologia que causa a disrupção no mercado, mas sim, as mudanças na natureza e aspirações do consumidor (Teixeira & Piechota, 2019).

A conectividade onipresente e a força da inteligência artificial têm sido uma força transformadora na evolução socioeconómica da humanidade, alterando a maneira como comunicamos, trabalhamos, consumimos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor (Hollebeek et al., 2019). A evolução tecnológica capacita cada vez mais os consumidores enquanto força motriz das atividades de marketing, proporcionando, atualmente, acesso a grandes quantidades de dados, diversidade de informação, múltiplos canais de comunicação e a capacidade de interagir em tempo real com as marcas e com outros consumidores (Li, Larimo, & Leonidou, 2021). Consequentemente, impulsiona também novos comportamentos e expectativas nos consumidores.

Assente numa cultura “always on”, dada a prevalência dos dispositivos móveis e das plataformas sociais, e com o poder da Inteligência Artificial, bem como da análise simultânea de grandes quantidades de dados de diversas origens e formatos, da Realidade Aumentada, Realidade Virtual e blockchain, os profissionais de marketing têm atualmente a capacidade de entender e atender os consumidores de forma mais aprofundada, fornecer experiências personalizadas e construir relacionamentos duradouros (Buhalis & Volchek, 2021; Cheung, Leung, Yang, Koay, & Chang, 2022). À medida que a tecnologia continua a evoluir, o futuro do marketing, será, sem dúvida, moldado pela dinâmica do comportamento do consumidor e pelas tecnologias inovadoras que o impulsionam (Dwivedi et al., 2021), assistindo-se deste modo a uma relação simbiótica entre estas três identidades: tecnologia, consumidores e marketing.

Objetivos e enfoques pretendidos

Partindo do contexto apresentado, este dossiê temático tem como foco central a análise interdisciplinar da simbiose entre tecnologia, consumidor e marketing. Pretende-se compreender como as mudanças tecnológicas, sociais e culturais estão capacitando os consumidores a desempenhar um papel mais ativo e influente nas suas interações com as empresas, bem como explorar as estratégias de marketing que estão emergindo para se adaptarem a esta realidade.

Com o objetivo de criar um espaço interdisciplinar para a discussão e análise das interações entre tecnologia, consumidores e marketing sob diversas perspetivas, este dossiê temático aceita contribuições que explorem o nexo das novas tecnologias, dos consumidores e do marketing em diversas áreas. Algumas áreas temáticas possíveis, incluem:

• Comportamento do Consumidor em Ambientes Digitais: Investigação sobre como os consumidores utilizam a tecnologia digital para tomar decisões de compra e como esses comportamentos impactam as estratégias de marketing.

• Personalização e Segmentação de Mercado: Exploração de como as tecnologias avançadas permitem a personalização de produtos, serviços e mensagens de marketing para atender às necessidades individuais dos consumidores.

• Redes Sociais e Marketing de Influência: Análise das dinâmicas das redes sociais e do papel dos influenciadores digitais na formação das preferências dos consumidores e nas estratégias de marketing.

• Inteligência Artificial e Análise de Dados: Estudos sobre a aplicação da inteligência artificial e da análise de dados na exploração do comportamento do consumidor e previsão de tendências de mercado.

• Experiência do Cliente (CX) e Tecnologia: Avaliação de como a tecnologia melhora a experiência do cliente, desde chatbots de atendimento ao cliente até realidade virtual/aumentada.

• Comércio Eletrónico e Mobile Marketing: Exploração das tendências e desafios do comércio eletrónico e do marketing em dispositivos móveis.

• Inovação em Marketing Digital: Identificação das inovações tecnológicas emergentes e seu potencial impacto nas estratégias de marketing.

• Estratégias de Engagement Digital: Análise das táticas e estratégias eficazes para envolver os consumidores em plataformas digitais.

• Métricas e Avaliação de Desempenho: Estudos que abordam como as empresas medem o sucesso das suas estratégias de marketing digital e o seu impacto nos resultados do negócio.

• Ética e Privacidade Digital: Discussão sobre questões éticas relativas à recolha de dados do consumidor, privacidade e segurança nas estratégias de marketing digital.

DATAS IMPORTANTES

Abertura da chamada de artigos: 9 de outubro de 2023
Data limite para a submissão de artigos: 30 de janeiro de 2024
Data de publicação do número: 30 de junho de 2024

Submissão dos artigos:
A submissão de artigo deve ser feita através da plataforma https://journals.ipl.pt/cpublica/index . É necessário que os autores se registem no sistema antes de submeter um artigo; caso já tenha se registado basta aceder ao sistema e iniciar o processo de 5 passos de submissão.
Os artigos devem ser submetidos através do modelo pré-formatado para submissão de artigos à Comunicação Pública. Para mais informações sobre a submissão consultar Informação para Autores (https://journals.ipl.pt/cpublica/information/authors) e Instruções para Autores (https://journals.ipl.pt/cpublica/about/submissions).

 


[ Informação Revista Configurações ]

Configurações: Revista de Ciências Sociais N.º 34 | Dossiê temático “Relações de emprego e qualidade de vida e bem-estar no trabalho”

Coordenação do Dossiê: Ana Luísa Veloso (EPsi-UM e CICS.NOVA.UMinho); Ana Paula Ferreira (EEG-UM e CICS.NOVA.UMinho); Gina Gaio Santos (EEG-UM e CICS.NOVA.UMinho); Isabel Soares Silva (EPsi-UM e CICS.NOVA.UMinho).

As relações de emprego têm uma importância fundamental na vida das pessoas, já que a maior parte da nossa vida adulta se desenrola dentro de uma organização ou em torno de uma ocupação profissional. É fundamental que as relações de emprego se desenvolvam num clima de trabalho em que possamos sentir que florescemos enquanto profissionais pela aquisição de formas diversas de saber-fazer, saber-ser e saber-pensar na relação com o Outro. Sempre que as relações de emprego se pautam por relacionamentos saudáveis e promovem um ambiente de trabalho justo, com respeito e diálogo entre trabalhadores e empregadores, o impacto na qualidade de vida é enorme. É importante também sublinhar que a qualidade de vida no trabalho não diz respeito somente a questões como uma boa remuneração e benefícios sociais ou condições de trabalho adequadas. Apesar de estas últimas condições serem essenciais para o bem-estar do trabalhador, é preciso promover um ambiente de trabalho acolhedor, com valores claros, comunicação aberta e respeito mútuo. Por oposição, quando o ambiente de trabalho é sentido como adverso e até opressivo da dignidade humana, com cargas excessivas de trabalho, formas de assédio, desrespeito e falta de transparência, as consequências podem ser bastante negativas para o bem-estar do trabalhador e sua qualidade de vida, em geral, e no trabalho, em particular. Efetivamente, a literatura, nesta área, revela que climas organizacionais tóxicos, com elevados níveis de stresse e desgaste emocional, afetam não só o desempenho profissional, mas também a saúde física e mental dos trabalhadores. Em simultâneo, a qualidade de vida no trabalho tem vindo a ser progressivamente associada à sustentabilidade das carreiras. Uma carreira sustentável é aquela que permite ao profissional equilibrar as suas aspirações e objetivos pessoais com os da organização, de forma a garantir uma relação de parceria e colaboração. Para que isso seja possível, é necessário que a organização promova a qualidade de vida dos seus trabalhadores através de medidas como, por exemplo, flexibilidade de horários, programas de bem-estar e de desenvolvimento profissional. É responsabilidade das organizações criar um ambiente de trabalho saudável, promovendo a qualidade de vida dos seus trabalhadores. As relações de emprego são crescentemente marcadas por contratos psicológicos ambíguos e por condições de empregabilidade desajustadas. Os primeiros assumem, crescentemente, um carácter transacional e idiossincrático, enquanto as segundas, entendidas como a capacidade de adquirir e manter uma ocupação/emprego ao longo da vida, são sub-repticiamente assumidas como uma responsabilidade exclusivamente individual, sem que a organização participe ativamente na sua criação e manutenção.

Esta chamada de artigos pretende reunir trabalhos de natureza académica, empíricos ou teóricos, que se foquem em temas relacionados com as mudanças nas relações de emprego e o seu impacto na qualidade de vida e bem-estar no trabalho, bem como com a sustentabilidade das carreiras. Apela-se, assim, de modo não restritivo, a contributos nas seguintes áreas temáticas:

a) Empregabilidade em tempos de mudança e precariedade do mercado de trabalho;
b) Alterações dos termos e conteúdos do contrato psicológico em profissões como a enfermagem, o ensino, entre outras;
c) Consequências da perda de emprego para o bem-estar do indivíduo e seu impacto a nível familiar;
d) Perda de emprego e procura de nova ocupação no caso dos trabalhadores mais velhos (50 ou mais anos);
e) Transição do trabalho para a aposentação e sua relação com novos modelos de carreira;
f) Procura de trabalho/emprego e transição da Universidade/Escola para o mercado de trabalho;
g) Insegurança laboral e questões de saúde e qualidade de vida no trabalho;
h) Lideranças tóxicas e os seus impactos no bem-estar individual e organizacional;
i) Formas de assédio no trabalho e seu impacto na saúde mental e bem-estar;
j) Formas de trabalho flexível e sustentabilidade de carreira;
k) Formas de emprego ou trabalho não tradicionais (e.g., associadas a novas categorias de trabalhadores, como os nómadas digitais ou os trabalhadores de “plataformas” digitais);
l) Importância de relações interpessoais saudáveis no trabalho (e.g., relações de amizade, mentoria) para a dignidade humana e qualidade de vida no trabalho;
m) Práticas e políticas de gestão de recursos humanos que promovam a sustentabilidade das formas de emprego e de trabalho.

As propostas devem ser endereçadas à Direção da Revista, através do e-mail configuracoes_cics@ics.uminho.pt, até ao dia 01 de novembro de 2023. Recomenda-se aos/ às autores/as a leitura das normas de publicação, disponíveis no site oficial da revista, em https://journals.openedition.org/configuracoes/