[ Informação FLUP | Comunicação ISUP ]

Kismif Conference | DIY Cultures and creative participation | Call – 15 march

Kismif Conference 2024 || DIY CULTURES, DEMOCRACY AND CREATIVE PARTICIPATION || 10-13 July 2024
Kismif Summer School 2024 || Living on the Edge || 9 July 2024
SUBMIT YOUR PROPOSAL HERE: https://www.kismifconference.com/call-conference/abstract-submision/

 


[ Informação Revista Configurações ]

CHAMADA DE ARTIGOS | Configurações: Revista de Ciências Sociais N.º 35/junho 2025 – Dossiê Temático “Género e desigualdades: desafios contemporâneos”

Coordenação do Dossiê: Dalila Cerejo (CICS.NOVA – NOVA FCSH), Ana Paula Gil (CICS.NOVA – NOVA FCSH), Nuno Dias (CICS.NOVA – NOVA FCSH).

Durante as últimas três décadas, foi possível cimentar os estudos de género como área premente e incontornável da produção científica e académica. Nesse trilho, temos analisado a ubiquidade e transversalidade do género como construção sociocultural em praticamente todas as coletividades humanas, passadas e presentes. Os processos sociais, interrelacionais e interacionais, coletivos são genderizados, tal como as estruturas micro, meso e macrossociais. O género molda, e é moldado, em todas as arenas da vida social, estruturas e instituições sociais. Numa contemporaneidade marcada por sucessivas crises sociais, incerteza, conflitos sociais e crescentes polarizações, o género não tem escapado às implicações esgrimidas pelos cenários de tensão social que vivemos. Há muito que o género é conceptualizado como uma estrutura multidimensional de desigualdade (Connell, 1987; Lorber, 1994; Rubin, 1975) e temos assistido à (re)criação de novas (des)ordens de género (Connel, 2009): através das migrações laborais, nacionais e globais; nas crises de populações refugiadas; nos efeitos das alterações climáticas; nos direitos humanos, mas igualmente na igualdade económica, nas relações entre gerações, no espaço da família, na intimidade, no bem-estar, no envelhecimento, na violência, etc. Nas possíveis articulações entre todas estas dimensões, surgem as questões das várias formas de violência de género. O envelhecimento da população, por exemplo, as alterações das estruturas familiares, a participação da mulher no mercado de trabalho, agudizará o designado caring gap e fará emergir necessidades não satisfeitas de cuidados de longa duração, uma das razões para a crise global dos cuidados que afeta o Norte e o Sul Globais. A importância social do trabalho realizado ao longo das cadeias de cuidado globais não tem sido acompanhada pela atenção política e académica ao aumento paralelo da desregulação, informalidade, precarização e vulnerabilidade de uma força de trabalho crescente e quase exclusivamente feminina (Comas-d’Argemir et al., 2021). Se falamos em género e cuidados, falamos em desigualdades de género e assimetrias nos tempos de cuidar e nos impactos associados a quem cuida: pelo número de horas de cuidados, na saúde física e mental, no emprego, nos salários, no abandono precoce do mercado de trabalho e num maior risco de pobreza. É, precisamente, na articulação entre as múltiplas formas de desigualdade e a pluralidade de crises sociais que os papéis de género têm sido sujeitos a desafios permanentemente requerentes de análise, sustentando a apresentação desta chamada. Nesse sentido, privilegiaremos artigos com um enfoque abrangente sobre as múltiplas desigualdades de género, centrados, nomeadamente, em matérias emergentes de intersecção do género com as questões do mercado de trabalho e a sua relação com diferentes dinâmicas ativas de segmentação de género determinadas pela classe, pelas questões étnico-raciais, pela idade, pela exposição à violência, entre outros.

As propostas devem ser endereçadas à Direção da Revista, através do e-mail configuracoes_cics@ics.uminho.pt, até ao dia 5 de abril de 2024. Recomenda-se aos/ às autores/as a leitura das normas de publicação, disponíveis no site oficial da revista, em https://journals.openedition.org/configuracoes/

Normas de publicação: https://journals.openedition.org/configuracoes/16576