[ Informação Filipa Súbtil, ESCS-IPL ]
CFP_Simpósio História dos Estudos de Comunicação no Mundo de Língua Portuguesa
(11 e 12 dezembro de 2025 – Online)
Chamada para Trabalhos
Os estudos de comunicação e média têm sido historicamente narrados a partir de cânones centrados no mundo anglófono, especialmente nos EUA, apagando tradições intelectuais, vozes e contextos que desafiam essa hegemonia. Este simpósio dará aos participantes a oportunidade de mapear, criticar e celebrar as histórias dos estudos de comunicação no espaço lusófono — incluindo Portugal, Brasil, países africanos de língua portuguesa (PALOP), Timor-Leste, Macau e diásporas —, interrogando como as dinâmicas de colonialismo, pós-colonialismo, ditaduras e globalização moldaram o campo. Partimos de um duplo compromisso: descentrar as narrativas dominantes, destacando epistemologias, instituições e figuras marginalizadas; e conectar as múltiplas tradições lusófonas, explorando diálogos transatlânticos, bem como tensões e resistências. Incentivamos trabalhos que explorem conexões entre Portugal, África, Brasil, Timor-Leste e Macau além das relações com outros países e regiões do “Sul Global”.
Convidamos propostas que abordem, mas não se limitem aos seguintes eixos temáticos:
Genealogias do campo
– Histórias nacionais ou regionais dos estudos de comunicação e media em Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau;
– Figuras tutelares, pioneiros(as) esquecidos(as) (eg. mulheres e membros de outros grupos marginalizados), bem como redes intelectuais;
– O papel das universidades, associações e revistas científicas na institucionalização do campo.
Colonialismo, ditaduras e resistências
– Comunicação como instrumento de poder durante o colonialismo português e as ditaduras do século XX;
– Teorias e práticas de comunicação desenvolvidas desenvolvidas em contextos de luta anti-colonial e de pós-independência;
– O lugar da língua portuguesa como veículo de dominação ou emancipação.
Diálogos e hegemonias transatlânticas
– A influência das tradições anglo-saxónicas, francesas e alemãs no mundo de língua portuguesa;
– Circulação de ideias entre Brasil, África, Ásia e Portugal: apropriações, adaptações e resistências;
– O mito da “universalidade” dos modelos norte-americanos e suas críticas locais.
Epistemologias alternativas
– Abordagens decoloniais, feministas e antirracistas nos estudos de língua portuguesa;
– Saberes indígenas, afrodiaspóricos e comunitários na pesquisa em história da comunicação;
– O impacto de movimentos sociais (ex.: lutas pela terra, direitos indígenas, feminismos negros) na teorização da comunicação.
Desafios contemporâneos
– O lugar do mundo de língua portuguesa nos debates globais sobre a história da comunicação;
– Digitalização, plataformas e novas formas de exclusão/epistemocídio;
– Propostas pedagógicas para descolonizar o ensino da comunicação.
Esperamos deste modo contribuir para uma ampliação do entendimento global sobre a história e as tradições de pesquisa da comunicação no mundo de língua portuguesa e fomentar novas possibilidades de colaboração entre pesquisadores e académicos de diferentes partes do mundo.
Organização
Este simpósio é uma iniciativa do LIACOM/Escola Superior de Comunicação Social, Politécnico de Lisboa, ICNOVA e da Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília, em parceria com a Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, a Associação Moçambicana de Ciência da Comunicação e da Informação, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e com a revista History of Media Studies e visa fortalecer redes de pesquisa críticas na comunidade de língua portuguesa.
Datas importantes e outras informações
Os resumos estendidos (3.000 carateres incluindo espaços e excluindo bibliografia) devem ser enviados em português, inglês ou espanhol até 30 julho de 2025 para o e-mail: historia.dos.estudos.de.com.pt@gmail.com. O anúncio de aceitação ocorrerá até 30 de setembro de 2025.
As inscrições no simpósio decorrerão entre 1 de outubro e 15 de novembro 2025. Para auxiliar nos custos da tradução simultânea e organização do evento, será cobrada uma taxa simbólica de inscrição 20 euros/120 reais. Caso a/o participante não tenha apoio institucional, deve contactar a organização para a avaliação de uma possível isenção de taxa de inscrição.
As comunicações devem ser enviadas até dia 30 de novembro para poderem circular entre os participantes e comentadores.
Possibilidades de publicação na revista History of Media Studies
Os trabalhos selecionados poderão ser considerados para publicação num número especial da revista de acesso aberto History of Media Studies (https://hms.mediastudies.press/). A submissão dos artigos completos para avaliação por pares terá como data limite 30 de maio de 2026.
[ Informação Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais ]
Configurações: Revista de Ciências Sociais | Chamada de artigos em permanência
A Configurações: Revista de Ciências Sociais, editada pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho, é uma revista indexada em bases bibliográficas internacionais, que apresenta uma política de acesso livre e publica trabalhos académicos inéditos, sob a forma de artigos ou recensões de obras publicadas, que contribuam para enriquecer o conhecimento científico em temáticas relevantes na área das Ciências Sociais e, em especial, da Sociologia.
Os textos poderão ser escritos em Português, Espanhol, Francês e Inglês e serão submetidos à avaliação independente de especialistas, em regime de duplo anonimato (double blind peer review). Informações adicionais relativas à Política Editorial e ao Processo de Arbitragem Científica e Decisão de Publicação podem ser consultadas em https://revistas.uminho.pt/index.php/configuracoes/about
Esta chamada está aberta em permanência.
Os trabalhos propostos à Configurações: Revista de Ciências Sociais devem ser submetidos eletronicamente após realização de registo na plataforma. As normas para apresentação de propostas podem ser consultadas em https://revistas.uminho.pt/index.php/configuracoes/about/submissions
Informações adicionais podem ser encontradas no site da revista, em https://revistas.uminho.pt/index.php/configuracoes/opencalls
[ Informação Comissão organizadora Centenário de Mário Soares ]
Chamada de Trabalhos – AGORA ATÉ 15 DE JUNHO – Congresso “Mário Soares: Uma Vida entre Séculos”
(9 e 10 de outubro de 2025 – Coimbra, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra)
Congresso organizado pela Universidade de Coimbra, Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Aberta, Universidade da Beira Interior, Universidade de Évora, Universidade de Lisboa, Universidade do Minho e Universidade do Porto, que, a convite da Fundação Mário Soares e Maria Barroso, se associam às comemorações do centenário de Mário Soares (1924–2017).
O centenário do nascimento de Mário Soares constitui uma oportunidade para reunir a comunidade científica, debatendo sobre o seu percurso intelectual e político. Propõem-se os seguintes eixos temáticos, que poderão suscitar propostas de comunicação ou de mesa/painel:
̶ Na resistência ao Estado Novo, deportação e exílio
̶ A construção da Democracia após o 25 de Abril
̶ Desafios sociais e políticas públicas
̶ Descolonização e relações com os países lusófonos
̶ O socialismo democrático: do ideário à prática
̶ A construção da Europa e a visão do Mundo
̶ Políticas do ambiente e dos oceanos
̶ Educação, ciência e cultura
̶ Obra historiográfica e intelectual de Mário Soares
̶ Representações mediáticas e memória histórica de Mário Soares
Chamada de Trabalhos (em português, espanhol, inglês e francês) até 15 de Junho de 2025.
Submissões diretamente no formulário https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdM5HOhld2R2iKKzG3kxu-z3Lanb3nJdwDfAp8hGN0gil-R3w/viewform ou no site https://fmsoaresbarroso.pt/congresso-internacional-mario-soares-uma-vida-entre-seculos
Comissão Organizadora
Álvaro Garrido – Universidade de Coimbra (coordenador);
Alexandra Esteves – Universidade do Minho;
Domingos Caeiro – Universidade Aberta;
Fátima Vieira – Universidade do Porto;
Luísa Tiago de Oliveira – Iscte–Instituto Universitário de Lisboa;
Maria Ana Bernardo – Universidade de Évora;
Paulo Serra – Universidade da Beira Interior;
Pedro Marques Gomes – Fundação Mário Soares e Maria Barroso;
Sérgio Campos Matos – Universidade de Lisboa.
Comissão Científica
Ana Mónica Fonseca – Iscte-Instituto Universitário de Lisboa; CEI-Iscte;
António Costa Pinto – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; ICS-UL;
Antonio Muñoz Sánchez – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; ICS-UL;
Conceição Meireles – Universidade do Porto, Faculdade de Letras; CITCEM;
David Castaño – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; IPRI-NOVA;
Fernando Rosas – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; IHC;
Jacinto Godinho – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Escola de Comunicação Arquitectura Artes e Tecnologias da Informação; CICANT;
João Relvão Caetano – Universidade Aberta, Departamento de Ciências Sociais e de Gestão; CEG-UAb;
Jorge Fernandes Alves – Universidade do Porto, Faculdade de Letras; CITCEM;
José Manuel Lopes Cordeiro – Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais; CICS-UMinho.
José Manuel Pureza – Universidade de Coimbra, Faculdade de Economia; CES.
José Rosa – Universidade de Beira Interior, Faculdade de Artes e Letras; PRAXIS-UBI.
Luís Nuno Rodrigues – Iscte-Instituto Universitário de Lisboa; CEI-Iscte.
Manuel Loff – Universidade do Porto, Faculdade de Letras; IHC.
Maria de Fátima Nunes – Universidade de Évora; IHC.
Maria Manuela Tavares Ribeiro – Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras.
Marina Costa Lobo – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; ICS-UL.
Miriam Halpern Pereira – Iscte-Instituto Universitário de Lisboa; CIES-Iscte.
Paulo Fontes – Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Teologia; UCP-CEHR.
Pedro Aires Oliveira – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; IHC.
Rui Bebiano – Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras; CES.