[ Informação Le Monde diplomatique ]
Le Monde diplomatique: Número de Maio nas bancas!
Em Maio damos destaque à crise no trabalho, perante a onda de despedimentos, lay-off, quebra de rendimentos e desemprego. Maria da Paz Campos Lima escreve sobre «Estados de excepção, medos cruzados e hipervigilância: enfrentar a “tempestade perfeita” nas relações laborais», enquanto João Ramos de Almeida se centra nesta nova realidade: «O lay-off simplificado já é austeridade». Na componente portuguesa, olhamos para as várias dimensões da crise que se instala nos lares, em zonas como as «ilhas» do Porto, na educação e na saúde psicológica de um quotidiano marcado por ansiedades e lutos. Mas vamos também ao Museu Nacional de Arte Antiga, reflectindo sobre o que é um museu nacional.
No internacional, analisamos este momento como uma antevisão do caos climático que se prepara, a par da escalada securitária que, à boleia da pandemia, ameaça as liberdades públicas. Dissecamos as propostas da União Europeia que acrescentam uma dívida pública (quem a vai pagar?) em vez de mobilizar apoios com vista à coesão social. E discutimos a necessidade de reverter os rumos da liberalização comercial, cada vez mais incompatíveis com ecologia e saúde. A mesma saúde que é ameaçada na Turquia quando se trata dos refugiados sírios. Da Irlanda chegam notícias do crescimento eleitoral do Sinn Féin e Chantal Mouffe responde a Pierre Ronsavallon numa interessante polémica sobre o populismo de esquerda.
Índice de artigos em https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1343
[ Informação SOCIUS ]
SOCIUS divulga: Country Reports: BRASIL | Autores: Paulo Miguel Madeira, Bárbara Ferreira, Pedro Candeias, João Peixoto e Duval Fernandes
O Brasil é o país com a maior e mais antiga tradição de emigração portuguesa, embora em regressão desde os anos 60 do século XX. Depois de um início de século a rondar as 500 entradas por ano, em 2010 o Brasil tornou-se mais atrativo para os portugueses, verificando-se, nesse ano, um aumento de 93% em relação ao anterior. O crescimento económico do Brasil na primeira década do século, e a crise financeira juntamente com a intervenção da Troika em Portugal, podem ser fatores que explicam o crescimento da emigração portuguesa para este país, cujo pico se deu em 2013, com um valor aproximado de 3,000 entradas. Comparando três vagas da emigração portuguesa para o Brasil, verifica-se um aumento progressivo da escolarização dos emigrantes portugueses, com uma emigração recente onde predominam as atividades qualificadas entre os chegados na primeira década do século. +
Série OEm Country Reports
Número 6
Data May 2020
Páginas 38
ISSN 2183-8291
DOI 10.15847/CIESOEMCR062020
URI
Palavras-chave Brasil, emigração portuguesa, estatísticas de emigração.
Index Índice de quadros e gráficos. Introdução. Fluxos de entrada. Stocks da população emigrada. Distribuição geográfica. Integração económica. Remessas. Naturalização e trajetória migratória. Aspetos a reter. Referências bibliográficas.
Como citar Madeira, Pedro Miguel, Bárbara Ferreira, Pedro Candeias, João Peixoto e Duval Fernandes (2020), “Brasil”, OEm Country Reports, 6, Lisboa, Observatório da Emigração, CIES-IUL, ISCTE-IUL, DOI: 10.15847/CIESOEMCR062020
Ler o artigo na integra: http://observatorioemigracao.pt/np4/7508.html
[ Informação Observatório sobre Crises e Alternativas, CES/UC ]
Novo estudo| “Novo desemprego: As fragilidades de uma opção produtiva nacional” [Barómetro do Observatório n.º 21]
O Observatório sobre Crises e Alternativas – do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra – lança um novo Barómetro do Observatório, da autoria de João Ramos de Almeida.
O confinamento social foi uma dura prova para os portugueses. Mas teve uma peculiaridade: revelou sinais de fragilidade daquela que parece ser a estratégia produtiva nacional – os serviços e o turismo. Os dados sobre o desemprego inscrito nos centros de emprego durante os meses desse confinamento revelam um agravamento do desemprego, sobretudo explicado – não pelo desemprego industrial ou na construção – mas pela paragem nas atividades ligadas ao turismo, concentradas regionalmente nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo e a Sul desse território. Só o Algarve representou 20% dessa subida. Por outro lado, os meses de março e abril – habitualmente períodos de subida de ofertas de trabalho – registaram fortes quebras três quartos explicadas pelo setor dos serviços. Esta tendência poderá ser, todavia, agravada, caso o desconfinamento não se reflita numa retoma imediata dessas atividades. Das 102.489 empresas com 1.258.938 trabalhadores que pediram os apoios do lay-off até 5 de maio passado, cerca de 80% delas e 73% dos trabalhadores laboram no setor dos serviços, podendo o lay-off constituir uma antecâmara do desemprego.
As consequências económicas do fenómeno da pandemia e das medidas que foram adotadas para a conter podem, pois, tornar-se percetíveis ao longo dos meses de março e abril passados, havendo claros indícios de que se prolongarão de forma mais acentuada nos meses seguintes. A dimensão e as características desses efeitos sobre o desemprego no primeiro mês de pandemia é o que se pretende analisar neste barómetro.
#21 Novo desemprego: As fragilidades de uma opção produtiva nacional
O Barómetro está disponível para consulta em https://www.ces.uc.pt/observatorios/crisalt/index.php?id=6522&id_lingua=1&pag=6560